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jueves, 13 de octubre de 2011

A rotina da casa...


No nascimento de Maria não houve nada de extraordinário. Pelo menos, os Evangelhos nada mencionam. Deve ter nascido na Galiléia, provavelmente na cidade de Nazaré, e naquele dia pode até ter sido confiado algum segredo aos seus pais, porém, nada foi revelado aos homens. Com certeza, Maria teve uma vida normal junto a seus pais Ana e Joaquim.


Deus queria que seu filho fosse o primeiro de uma multidão de verdadeiros irmãos, e preparou uma Mãe para seu filho e para todos esses irmãos.

A rotina naquele pequeno vilarejo de Nazaré começava cedo. Logo ao levantar era costume pronunciar a primeira berakhá, isto é, bênção, porque ninguém fazia nada, não se tocava em nada, antes da primeira berakhá:



”Bendito seja o Senhor por mais um dia que começa. Bendito seja o Senhor porque abristes meus olhos. Bendito seja o Senhor pela saúde do meu corpo, pela casa que me abrigou, e pelos trabalhos que tenho hoje para fazer”.

Aí, então, começava a lida. Primeiro varria-se para um canto, a palha que era usada embaixo da esteira para servir de cama. Enquanto isso os homens, como era obrigação de todo judeu, colocavam o Tallith (semelhante a um xale) sobre os ombros, e com os filactérios (textos da lei que eram escritos em uma fita de couro) faziam a oração da manhã que era um louvor a Javé. Em seguida recitava-se o Shemá, o Credo judeu, e logo após seguia-se a Tefilá, que era uma oração de louvor e de ação de graças.



A menina Maria como todas as outras ia buscar água na fonte, que era obrigação de toda mulher, e quando as mulheres não vão para a lavoura ou para o pastoreio, cuidam de lavar as tigelas usadas na ceia anterior, moem a cevada na pedra e preparam o pão. Pão de trigo somente para as famílias de posse, ou em dias de festa. Tira-se leite das cabras ou das ovelhas. Leite de vaca era pouco usado. Toda menina desde pequena aprendia usar o tear que era feito de madeira, onde se fazia toda a roupa da família. As roupas sujas eram normalmente deixadas de molho em salitre misturado com plantas aromáticas para serem lavadas.
Depois de quaradas, enxaguadas e secar, as roupas eram passadas a pedra. Usava-se uma pedra polida por baixo com cabo de madeira feito argola fixado na parte de cima. A pedra era aquecida diretamente no fogo.

Quando os homens, à tarde, retornavam do trabalho rezava-se juntamente com as mulheres, o Minhah, que era uma oração para oferecer todas as boas ações do dia, e também pedir perdão. Então era servida a ceia: pão de cevada, peixes, legumes, verduras e frutas. Rezava-se antes de começar a ceia, outra bêncão (berakhá) recitada por um membro da família. Todos acompanhavam com atenção e no final respondiam em coro:


“Bendito sejais para sempre nosso Deus eterno”.

Chegou a noite, mas o serviço para a menina Maria ainda não terminou. Como as outras mulheres, tem que recolher a ceia e colocar as tigelas em um lugar a parte para serem lavadas no dia seguinte. É preciso guardar os alimentos que sobraram, nos vasos de barro bem fechados. Nada pode ser atirado fora.

Agora sim.
Prepara-se o leito espalhando a palha e colocando as esteiras por cima.
Agora reza-se o Maarib, a bênção da noite, em louvor a Deus criador do dia, da noite, da luz e das trevas.

Boa noite, Maria.
Durma com Deus.

Maria dormia e sonhava porque todas as meninas naquele tempo esperavam e sonhavam com quem poderia ser a mãe do Messias...

miércoles, 12 de octubre de 2011

Os irmãos de Jesus

> Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele.(Mc 6,3)

Marcos chama Jesus “uiós Marias”, isto é, “filho de Maria”, ou, “o filho de Maria”, como que querendo mostrar que ele era filho único, e não “um filho de Maria”, ou, “um dos filhos de Maria”.


Afirmar que Jesus teve irmãos apenas mostra uma falta de conhecimento histórico, cultural e lingüístico a respeito dos povos daquela época e uma ignorância da própria Bíblia que muitos dizem seguir.
“Estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão aí fora a tua mãe e teus irmãos que querem ver-te”(Mt 12,46,47).
“Disseram-lhe, então, seus irmãos: retira-te daqui e vai para Judéia para que também teus discípulos vejam as obras que fazes”(Jô 7,3).

Originariamente o Novo Testamento foi escrito em rolos de pergaminhos, nos idiomas grego, hebraico e aramaico, que eram lidos e copiados nas Comunidades Cristãs. Acontece que o hebraico e o aramaico eram idiomas muito pobres, com poucos vocábulos, uma única palavra era utilizada para designar diversas realidades, sem que as palavras fossem sinônimas entre si.

Por exemplo, as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam fielmente o nosso “primo” ou “prima”. Estes idiomas se servem da palavra hebraica “áh”, e da palavra aramaica “aha”, que são encontradas na Bíblia e empregadas para designar primos, sobrinhos e irmãos ou irmãs do mesmo pai, e (nunca da mesma mãe).

Outro fato que deve ser realçado, é que os primeiros tradutores do aramaico e do hebraico para o idioma grego e mesmo o texto original em grego, abordam os parentes de Jesus de acordo com o pensamento dos escritores inspirados, ou seja, num sentido mais amplo, sem se preocuparem com o parentesco humano, denominando todos, (como é usual ainda hoje em algumas denominações protestantes e evangélicas) “irmãos do Senhor”.


OS FILHOS DE BILA E DE ZILPA ERAM
IRMÃOS SOMENTE POR PARTE DE PAI.

“Estas são as gerações de Jacó. José, aos dezessete anos de idade, estava com seus irmãos apascentando os rebanhos; sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia a seu pai más notícias a respeito deles. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no, e não lhe podiam falar pacificamente” (Gn 37 1,4).


Também para designar sobrinhos: lê-se no Gênesis que Tera era pai de Abrão e de Harão, e que Harão gerou Lot, logo, Lot era sobrinho de Abrão.
Agora vejamos as citações bíblicas: “Estas são as gerações de Tera: Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harão; e Harão gerou a Lot”. Outra citação bíblica mais adiante Abrão chama Lot de irmão: “Disse, pois, Abrão a Lót: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos”(Gn 13,8).


LOT ERA SOBRINHO DE ARÃO,
MAS É CHAMADO DE IRMÃO.

Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote;”(Lc 6,15).
Quanto a José, Mateus diz que é irmão de Tiago: “entre as quais se achavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”

Veja: Se Maria é mãe de Tiago e Tiago é filho de Alfeu, então esta Maria citada é Maria Cleófas (esposa de Alfeu) e não a Virgem Maria, conforme se lê em João: “Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena” (Jô 19,25).

Concluindo: Simão, irmão dos três outros, Tiago, José e Judas, são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe; os supostos irmãos de Jesus são filhos de Maria Cleófas e Alfeu.

E, mais: Porque os Evangelhos nunca chamam “irmãos de Jesus” de filhos de Maria, ou filhos de José, ou do Carpinteiro?

Se Maria tivesse tido outros filhos não teria ficado aos cuidados de João Evangelista, que não era da família, e sim com o irmão mais velho segundo ordenava a Lei de Moisés.

OBSERVE-SE AINDA
São Jerônimo ao traduzir a Bíblia em grego, assim como os originais em hebraico e aramaico, para o latim na famosa Vulgata, ele procurou ser explícito e fiel ao sentimento de cada escritor nas variadas passagens dos diversos livros. Fez uma tradução sem se preocupar em amoldar as descrições da época às realidades da sua atualidade.
Preferiu colocar os escritos, inclusive aqueles que tratam dos parentes de Jesus, com o mesmo sabor figurado, conivente com as expressões que se encontram nos textos originais. Foi assim que traduziu para o Latim todas as palavras (áh) do aramaico, (adelfós) do grego, usando “fratres”, que significa “irmãos”.
Podem ser observadas em todas as Bíblias Sagradas escritas em Latim, nos casos que citamos (Gn 13,8) (Lc 8,19), assim como em outros semelhantes, que envolvem os parentes de Jesus. Este fato serve para confirmar, que o “fratres” de São Jerônimo, significa exatamente “Irmãos no Senhor”, embora aquelas pessoas eram na realidade, parentes do Senhor.
Por esta razão, as Bíblias Sagradas em português continuam fiéis à tradição, ou seja, trazem também a expressão “Irmãos do Senhor”, quando se referem aos parentes de Jesus.

Ler carta de São Paulo aos Gálatas (Gl 1,19).


MUITOS NÃO QUEREM FAZER ISSO, MAS SE VOCÊ TIVER DIFICULDADE EM ENTENDER PEÇA AJUDA AO ESPÍRITO SANTO E LEIA DE NOVO.

Por imparcialidade, citações em itálico foram retiradas de um exemplar não católico (sem imprimatur), tradução de João Ferreira de Almeida, da Imprensa Bíblica Brasileira.

...
Agora uma pequena pergunta aos protestantes: Por que nunca os evangelhos chamam os "irmãos de Jesus" de "filhos de Maria" ou "de José", como fazem em relação a Nosso Senhor?
E como durante toda a vida da Sagrada Família, os números de seus membros são três? A fuga pra o Egito, a perda e o reencontro no templo, etc.

Vejamos agora se os primeiros cristãos compartilham dos pensamentos levantados pelos protestantes.

Tiago Menor que realizou o esquema da liturgia da Santa Missa escreveu: "Prestemos homenagem, principalmente, à Nossa Senhora, à Santíssima Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria..." (S. jacob in Liturgia sua).

Marcos na liturgia que deixou às igrejas do Egito serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobre tudo, da Santíssima, intermerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria".