jueves, 13 de octubre de 2011

Virgem pós-parto

Seguindo o mesmo raciocínio, afirmamos que era necessário que Maria continuasse virgem depois do parto.
Se Jesus é filho unigênito do Pai (único gerado, criatura e criador, homem e Deus) também na terra teria que ser unigênito, pois se tivesse tido outros irmãos, esses irmãos seriam igualmente Deuses, dando abertura ao politeísmo e heresias.

O matrimônio judeu e cristão é monogâmico.
Se Maria tivesse tido outros filhos com José ou com outrem, que não o Espírito Santo, seria algo hediondo pior que adultério.

Nossa Senhora permaneceu Virgem durante toda a sua vida terrena
Segundo a Tradição, Santa Maria havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela : "Eu não conheço varão", quando já estava desposada de S. José.

São Marcos, na mesma linha, chama Jesus "O filho de Maria" - "uiós Marias" (Mc 6,3), e não um dos filhos de Maria, querendo mostrar que ele era o seu filho único.

Os protestantes se utilizam da expressão "antes de coabitarem" para demonstrar que Santa Maria teve relações sexuais com São José. Vamos ao trecho em questão: "Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo" (Mt 1,18). Ora "antes de coabitarem" significa apenas "antes de morarem juntos na mesma casa". Isso aconteceu quando "José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa." (Mt 1,24).

Nossos irmãos separados cometem outro engano acerca da expressão "filho primogênito", para continuar negando a Virgindade perpétua de Nossa Santa Mãe. Esta expressão é usada por São Lucas: "Maria deu à Luz o seu filho primogênito" (Lc 2,7). "Filho primogênito" significa somente "primeiro filho", podendo ele ser filho único ou não.

A Lei de Moisés exige que todo primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não. É como observamos em: "Consagrar-me-ás todo o primogênito entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu" (Ex. 13,2). Ainda no livro do Êxodo observamos: "Todo o primogênito na terra do Egito morrerá" (Ex. 11,5). E assim aconteceu: "Não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex. 11,30). Como em todos os países, deveria haver casais de um só filho; como por exemplo, todos os que haviam se casado nos últimos anos.

Em outro trecho da Bíblia, o Senhor ordena: "contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de israel, da idade de um mês para cima" (Num 3,40). Se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?

O segundo texto bíblico preferido dos protestantes é este: "José não conheceu Maria [não teve relações com ela] até que ela desse à luz um filho." (Mt 1,25). Estaríamos certos em pensar que José "conheceu" Maria após ela "ter dado à luz um filho."; se o sentido bíblico da palavra "até" não fizesse referência apenas ao passado. Isto quer dize que é errado pensar que depois daquele "até", José deveria "conhecer" Maria.

Observe os exemplos: "Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (II Sam 6,23). Será que após a sua morte Micol gerou filhos? Falando Deus a Jacó do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te abandonarei, enquanto[até] não se cumprir tudo o que disse." (Gen 28,15). Será que Deus está dizendo a Jacó que o abandonaria depois? E ainda Nosso Senhor depois de haver ressuscitado parece a seus discípulos e diz: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mt 28,20).

Estes exemplos deixam claro que a palavra "até" no texto de Mt 1,25 é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do Verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de homem [São José].
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Sendo unigênito Cristo fundamentou apenas uma religião (“Tu es Petrus et super hanc petram edificabo Ecclesia mea, isto é, Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”),
mesmo assim tantos se distanciaram e seitas quantas fundaram.
Se tivesse irmãos, teríamos que multiplicar estas seitas, talvez, por seis, sete, quem sabe...

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