miércoles, 12 de octubre de 2011

O dilema


Vejam:
Os seguidores pós-Reforma admitem que Jesus Cristo nasceu de Maria, (e não podem negá-lo, pois está no Evangelho; basta ver Mt 1,16.).
Admitem que a pessoa desse Jesus é divina, e ser divino significa ser Deus.
Repetem que Jesus é Emanuel, e Emanuel é Deus conosco (Is 7,14).
Têm forçosamente que admitir que tal é o Cristo que Maria deu à luz, e sendo ela mãe dessa pessoa: é mãe de Deus.
Então Maria é aquela “de qua natus est Jesus”, de quem Jesus nasceu. É Mãe de Deus e nossa mãe, e nós amamos nossa mãe.

Pela razão podemos entender que Ela é Mãe de Deus por ser mãe de Nosso Senhor, porque nele estão as duas naturezas, a divina e a humana. O homem é composto de corpo e alma e nossa mãe terrena não nos gera a alma, mas apenas a parte material, o corpo. A alma provém de Deus. Então como podemos afirmar que quem gera apenas o corpo, que é inerte sem a alma, é nossa mãe?
Somos pessoas enquanto vida, e somos indivisíveis.

- Nós sabemos que nossa mãe é verdadeiramente a nossa mãe, mãe da nossa pessoa, corpo e alma. Apliquemos esta noção de bom senso ao caso de Maria. Há em Jesus duas naturezas, a humana e a divina, que unidas constituem uma só pessoa. Maria é totalmente mãe dessa única pessoa, tendo lhe dado a parte humana e não lhe deu naturalmente a parte divina. Como a pessoa de Jesus é divina, esta pessoa é o filho de Deus. Como a pessoa de Jesus é humana, esta pessoa é filho de Maria. Logo, por lógica incontestável, Maria é Mãe de Deus.

Vamos agora recorrer à Sagrada Escritura para iluminar com raios divinos esta verdade bela e fundamental, mostrando que ali tudo proclama este titulo da Virgem Imaculada.
Maria gestou e gerou um homem hipostaticamente unido à divindade. (Hipostasia é a união do Verbo divino com a natureza humana) Deus dela nasceu revestido de um corpo material, moldado na genética humana, formado do seu sangue virginal. Embora o Evangelho não use a expressão “Mãe de Deus” é fácil deduzir este título do texto sagrado.
- O Arcanjo Gabriel diz à Maria: “O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus”(Lc 1,35).
- Repleta do Espírito Santo, Isabel exclama: “Donde vem a dita que a Mãe do Meu Senhor venha me visitar?”(Lc 1,43)
- Isaías predisse que a Virgem daria a luz a um filho que seria o Emanuel, ou seja, Deus conosco. (Is 7,14).

A tradição nos mostra que os Santos Padres foram sempre unânimes sobre esta questão. Citaremos apenas alguns trechos extraídos das liturgias, transmitidas por escritores dos primeiros séculos.
- São Tiago: “Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus”.
- Santo Atanásio: “Maria é a Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta”.
- São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus”.

Maria é mãe de Deus e esta dignidade supera todas as outras dignidades, porque representa o grau último a que pode ser elevada uma criatura. Se Deus elevou tão alto sua mãe é porque quer que ela seja por nós honrada e exaltada.

No hay comentarios: