miércoles, 12 de octubre de 2011

A "Salve Raínha"

Salve Rainha, como surgiu?
15 de novembro de 1049, Suíça.
No interior do Mosteiro de “Augia Dives”, tendo o corpo paralítico, com a cabeça curvada sobre o peito, sentado em uma cadeira está o monge Germano. Com muito sacrifício sustenta o livro que está lendo. É obrigado a ficar durante muito tempo na mesma posição, pois não consegue se movimentar sozinho. As vezes com grande esforço consegue se mexer, mas não consegue se firmar, e se acomoda mostrando dores indizíveis. É conhecido como “Germanus Contractus” , um dos maiores sábios de sua época, familiarizado com astronomia, matemática, teologia, literatura, poesia , música, etc... Exatamente hoje, o mais piedoso dos monges, tem que passar uma hora difícil, hora do Getsêmani.


Fiel e terno devoto de Maria, procura com esforço voltar sua face para o quadro na parede, e seu coração torturado se eleva em profunda oração: “Salve Rainha de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa. A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vos suspiramos nesse vale de lágrimas...” Germano, irresistivelmente, é conduzido e passeia em suas lembranças: ele se vê pequenino, ainda no castelo materno, nos braços da governanta; é um menino paralítico. Seu sofrimento começou em 18 de julho de 1013, quando nasceu. Agora com sete anos assiste a despedida do castelo e de seu pai, conde Wolverade e sua mãe Hiltrudes, então ele segue para o Mosteiro de São Galo, onde os monges deveriam instruí-lo nas ciências e nas artes. Recorda agora sua admissão em “Augia Dives” e sua profissão de fé. Desde então está preso nessa pequena cela, nessa cadeira. Ele sabe que a pujança de seu espírito e seu amor a Maria Santíssima lhe deram forçar para suportar a vida e triunfar sobre as dificuldades.


Mas hoje quase não consegue se concentrar. Em sua alma é noite e quase desfalece. Trêmulo, escreve em um pergaminho o que acaba de meditar:
De três modos pode-se sofrer: estando inocente como Jesus Cristo na cruz; estando culpado como o bom ladrão; e para fazer penitência. Eu quero levar a minha cruz para pagar meus pecados e os dos outros. Mas às vezes sinto que não tenho forças. Mãe do céu, me ajude para que como vós eu não murmure e nem me queixe, mas faça do sofrimento uma prova de amor a Deus. Nesse momento entra na pequena cela o irmão enfermeiro e Germano pede que o leve a capela.


O recinto acolhedor está envolto numa leve escuridão acariciada apenas pela luz do santíssimo que projeta um tênue raio de luz sobre a imagem da mãe de Deus. Ele sente ao seu lado, a presença de Maria, e sua mão materna acariciar-lhe a cabeça. De seus lábios contorcidos pela dor brota espontaneamente: “Eia, pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre; ó clemente, o piedosa, o doce Maria!.” A palavra “sempre virgem” foi acrescida posteriormente.


Germanus Contractus, num momento de muita dor e sofrimento presenteou a cristandade com uma das mais belas orações marianas, que desde então é levada ao trono da Virgem Santíssima por milhões e milhões de devotos.

No hay comentarios: